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Como ampliar a Integração da Extensão com o Ensino e à Pesquisa?
Código da proposta: UFMS Participativa-2025-04-189
Integrar extensão à pesquisa e ao ensino é necessário para refletir na sociedade os avanços na educação e na ciência promovidos pela Universidade, enriquecendo a formação dos estudantes, promovendo
Integrar extensão à pesquisa e ao ensino é necessário para refletir na sociedade os avanços na educação e na ciência promovidos pela Universidade, enriquecendo a formação dos estudantes, promovendo a cultura da inovação e contribuindo para a transformação da sociedade.
A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) desempenha um papel fundamental na formação de cidadãos críticos e comprometidos com a sociedade. Contudo, um desafio persistente é a necessidade de integrar de maneira mais eficaz a extensão, o ensino e a pesquisa, áreas que, embora interligadas, muitas vezes operam de forma isolada. Uma sugestão para fortalecer essa integração é a ampliação da distribuição de bolsas de pesquisa e extensão, como as de PIBIC, PIVIC e das bolsas de extensão.
A distribuição equitativa dessas bolsas é essencial para garantir que todos os alunos tenham acesso a oportunidades de desenvolvimento acadêmico. Atualmente, muitos estudantes, especialmente aqueles de campi e cursos que ainda não possuem programas de pós-graduação, enfrentam barreiras significativas para se envolver em atividades de pesquisa e extensão. Para esses campi, a criação de um programa de bolsas que priorize especificamente os alunos e docentes que atuam em regiões sem pós-graduação é crucial. Isso não apenas democratiza o acesso ao conhecimento, mas também estimula a participação ativa dos alunos em projetos que beneficiem a comunidade local.
Além disso, é fundamental que a UFMS considere a capacitação e o apoio aos docentes que atuam nesses campi. Muitos professores enfrentam desafios únicos ao tentar integrar pesquisa e extensão em suas atividades acadêmicas, devido à falta de recursos e infraestrutura. Ao oferecer incentivos e suporte para que esses docentes desenvolvam projetos de pesquisa e extensão, a universidade pode potencializar o impacto dessas iniciativas.
Integrar extensão com ensino e pesquisa é essencial para consolidar uma universidade socialmente referenciada e academicamente inovadora. Temos, inclusive, experiências inspiradoras que apontam esse caminho, como o projeto “O Cientista que Habita em Mim”, que alia formação crítica, diálogo com a sociedade e envolvimento ativo de estudantes de diferentes níveis. Projetos como esse mostram que a extensão pode ser espaço potente de formação, produção de conhecimento e transformação social.
Nesse sentido, é urgente repensar a atuação dos grupos PET para que atuem de forma mais sinérgica e estratégica com a institucionalidade, contribuindo não apenas com ações isoladas, mas articuladas a projetos maiores, com visibilidade ampliada. Para isso, é fundamental que a AGECOM (Assessoria de Comunicação) atue de forma integrada com a Pró-Reitoria de Extensão, divulgando e valorizando as ações em andamento, criando um ciclo virtuoso de engajamento e reconhecimento.
Além disso, é importante abrir caminhos para que estudantes da pós-graduação possam se integrar a esses projetos de forma formativa, permitindo, por exemplo, que a atuação em extensão seja reconhecida como parte das horas de estágio obrigatório, substituindo o tradicional modelo de acompanhamento em disciplinas, que muitas vezes se limita à reprodução de práticas docentes sem real inserção social.
O programa PROEXT-PG, por sua vez, precisa de maior transparência, planejamento e uso estratégico, sendo direcionado para fortalecer essa integração entre pesquisa, ensino e extensão, focando no incentivo a ações que tenham impacto comprovado na formação discente e na comunidade externa. Reforçar, ampliar e institucionalizar projetos como “O Cientista que Habita em Mim - ANA do INBIO” é um passo importante nesse caminho, pois eles já demonstram, na prática, como a tríade universitária pode se materializar de forma concreta, ética e transformadora.
Os grupos PET s são promotores importantíssimos, no contexto da universidade, da relação ensino, pesquisa e extensão. A valorização destes grupos é fundamental para a garantia dessa relação. Potencializar os grupos pets em suas estruturas física e material é a contrapartida da universidade e se faz urgente e necessária para os 18 grupos da UFMS. É urgente verificar a situação de cada grupo, entender como vem se organizando, dar estrutura física de sala que comportem estes grupos, computadores, mesas, cadeiras, multimídia e o que mais for necessário para que os grupos mantenham seus projetos e atividades de ensino, pesquisa e extensão com ainda mais qualidade e promovendo a formação dos estudantes e ainda de toda comunidade envolvida.
Proposta de Criação de um Laboratório Multilíngue e Multicultural na UFMS
Objetivo:
Levantar as necessidades de estudantes iniciantes e veteranos quanto ao acolhimento linguístico e à criação de um espaço de convivência entre diferentes línguas (sinalizadas, faladas e escritas) e culturas presentes na universidade.
Justificativa:
A UFMS recebe estudantes com diversos perfis linguísticos: usuários de Libras e de Línguas Indígenas de Sinais, estudantes indígenas bilíngues, estrangeiros e alunos brasileiros com dificuldades de letramento. Ainda faltam espaços acessíveis que respeitem essa diversidade linguística e cultural.
Proposta:
Criação de um Laboratório Multilíngue e Multicultural, com:
Salas para Libras, LIS e outras línguas de sinais, com materiais visuais acessíveis;
Espaço para línguas indígenas, afro-brasileiras e línguas estrangeiras;
Área comum para rodas de conversa, oficinas, mediação pedagógica e formação de tutores(as) bilíngues.
Ações sugeridas:
Aplicar levantamento com estudantes sobre línguas faladas e necessidades de apoio;
Articular com os setores de Acessibilidade, Assuntos Estudantis e Relações Internacionais;
Envolver docentes que atuam com políticas linguísticas e bilinguismo.
Impacto Esperado:
Fortalecer a permanência e a acessibilidade linguística;
Ampliar o repertório intercultural da universidade;
Valorizar o direito à diferença nas três modalidades linguísticas: oral auditiva, sinalizada e escrita.
A implementação de plataformas digitais de comunicação facilita o intercâmbio de informações e recursos entre extensão, pesquisa e ensino. Essas ferramentas podem promover a transparência e a colaboração, permitindo que os resultados e as inovações sejam amplamente compartilhados e discutidos. Ao criar um ambiente de comunicação aberta, a universidade fortalece a cultura de cooperação, essencial para a materialização dos avanços na formação acadêmica e na transformação social.
Desenvolver programas de incentivo e reconhecimento é uma estratégia eficaz para estimular a integração entre as áreas. Ao destacar projetos que exemplifiquem a colaboração bem-sucedida, a universidade pode encorajar práticas inovadoras e valorizar contribuições que geram um impacto social positivo. Esses programas podem incluir premiações, financiamentos adicionais ou notoriedade acadêmica, incentivando mais iniciativas de sucesso.
Criar um Programa Institucional de Iniciação Artística, como já há em universidades tais quais a UFJF e UFU, por exemplo, relacionando o ensino e a pesquisa à valorização dos processos de criação artística, curadoria e performance.
Primeiro, é necessário considerar, urgentemente, a agilidade na desburocratização de processos de formalização de acordos de cooperação e/ou parceria via AGINOVA. Assim, é possível estabelecer parcerias com organizações externas e, consequentemente, criar um cenário propício para produzir pesquisas (via PROPP) de qualidade aliadas ao ensino junto a sociedade, ocorrendo de forma sustentável. Acredito que, com a contratação de novos técnicos administrativos que tenham autonomia e agilidade, será possível estabelecer parcerias para contribuir significativamente com os pilares de extensão com pesquisa + ensino. Deste modo, os professores e alunos devem se concentrar exclusivamente na evolução das atividades inerentes ao projetos de extensão com pesquisa + ensino. Professores e alunos devem produzir resultados nos projetos e nunca devem se concentrar em atividades que envolvam gestão de documentos e burocracias. A modernização no formato de estabelecer parcerias é fundamental para o crescimento da universidade, promoção da cultura da inovação e para a transformação sustentável da sociedade.
Definir metas e indicadores claros é essencial para incentivar a integração efetiva entre ensino, pesquisa e extensão. Estabelecer objetivos conjuntos permite que todas as áreas trabalhem em direção a um propósito comum, valorizando iniciativas que demonstrem sinergias. Isso assegura que os esforços universitários estejam alinhados com a missão institucional de promover o progresso educacional e científico, direcionando recursos para projetos impactantes.
A criação de comitês interdisciplinares é fundamental para promover a integração entre extensão, pesquisa e ensino. Esses comitês, formados por representantes das três áreas, terão a tarefa de identificar oportunidades de colaboração e desenvolver projetos que maximizem o impacto social e educativo. Ao reunir diferentes perspectivas e expertise, esses grupos podem fomentar a inovação e garantir que as práticas universitárias reflitam diretamente as necessidades e os avanços da sociedade.